REFORMA DA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS. FAZEMOS PARTE
DESTA HISTÓRIA
Durante os trabalhos neste Grupo de Trabalho formado no DEPEN, pudemos participar das discussões sobre a reforma da lei de execuções penais, pleiteando a inclusão nesta já, do Oficial de Execuções Penais, suas prerrogativas e atribuições, entre outras questões tais como, a execução penal ser de natureza estritamente civil, para retirar as gestões militarizadas do controle da administração prisional, que esta função é exclusiva de estado, impedindo a sua privatização, que as direções só poderão ser ocupadas por pessoal da carreira e não por qualquer um que seja indicado por políticos entre outras questões.
Neste momento, aproveitamos para agradecer publicamente ao nosso amigo Augusto Rossini, Diretor do DEPEN e grande jurista, que participou desta nobre comissão de reforma da LEP, e nos deu a oportunidade de construir importantes propostas juntos.
A este grande gestor e democrático líder, nossos agradecimentos.
Agora começará nosso trabalho no congresso em prol da aprovação destas mudanças, e para que não mudem o que foi proposto.
Abraços a todos e todas.
FERNANDO ANUNCIAÇÃO
Presidente da FENASPEN
JARBAS DE SOUZA
Secretário geral da FENASPEN
Segue
abaixo lei de execução penal
Nova Lei de Execução Penal prevê medidas para mudar
sistema prisional
Redução
do número de detentos por cela, plano de educação para presos e incentivo a
penas alternativas são algumas das medidas previstas no anteprojeto elaborado
pela comissão de juristas criada para estudar e propor mudanças na Lei de
Execução Penal. O texto foi lido nesta sexta-feira (29) pela relatora, a
secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, Maria Teresa
Uille Gomes.
Instalada
no dia 4 de abril, com 16 integrantes nomeados pelo presidente do Senado, Renan
Calheiros, a comissão é presidida pelo ministro Sidnei Beneti, do Superior
Tribunal de Justiça (STJ). O objetivo é atualizar a Lei 7.210 de 1984, mais conhecida pelo nome de
Lei de Execução Penal (LEP).
Nova realidade
Há
28 anos em vigor, a LEP, que trata das regras para o cumprimento de sentenças e
dos direitos e deveres do condenado, pode ajudar a mudar a realidade atual do
sistema prisional. Entre os assuntos discutidos pelos juristas estão a
superlotação do sistema prisional brasileiro e problemas como racionamento de
água, comida estragada, falta de medicamentos e humilhação na hora da visita.
São reclamações comuns feitas por detentos e seus parentes em quase todos os
presídios brasileiros.
Nos
sete meses de funcionamento da comissão também foram debatidas a possibilidade
de extinção do alvará de soltura; a duração da prisão preventiva; a criação de
um rol de medidas alternativas; e novas regras para as saídas temporárias dos
presos.
Entre
as novidades, o texto do anteprojeto traz um limite de lotação para cada
penitenciária, facilita a obtenção de regime aberto aos presos mais antigos e
fixa novas regras para as saídas temporárias. Maria Teresa Uille Gomes explica
que o trabalho foi pensado para incentivar a reinserção social dos condenados.
Para isso, a comissão propõe, entre outras mudanças, a substituição das casas
de albergado pela prisão domiciliar combinada com prestação de serviços
comunitários.
Para
evitar a permanência na cadeia depois do cumprimento da pena, o relatório cria
um sistema de advertência, que obriga o diretor do presídio a informar o juiz
sobre o benefício com 30 dias de antecedência. Mas para Maria Teresa Gomes, um
dos maiores avanços está na inclusão das secretarias estaduais no conselho que
define as políticas do setor.
–
Isso é um avanço significativo, porque os gestores, que são os que estão com o
problema no Poder Executivo no dia a dia, passam a ter voz e ter representação
junto aos órgãos de execução penal – disse.
Ressocialização
O
anteprojeto da nova Lei de Execução Penal também traz mais ferramentas para a
ressocialização dos presos. De acordo com Maria Tereza Uille Gomes, uma das
novidades é a maior integração entre os órgãos federais e estaduais.
O
texto proposto pelos juristas da comissão amplia a atuação das secretarias
estaduais de saúde e de assistência social nos presídios e inclui a
representação de cada estado no conselho nacional que traça a política do
setor. Outro destaque, segundo Maria Teresa Gomes, é a ampliação das medidas de
reinserção social dos presos.
–
A intenção é de ampliar os espaços de trabalho, como forma de ressocialização,
o investimento em educação pela secretaria estadual competente, o atendimento
da saúde do preso pelo Sistema Único de Saúde, garantindo a universalidade de
acesso à saúde, a assistência social também – acrescentou.
Ainda
segundo a relatora, a comissão trabalhou na regulamentação da disciplina e
definiu melhor as regras sobre as faltas cometidas pelos presos. Também aumenta
o controle sobre o prazo de soltura do condenado, para evitar que ele continue
preso mesmo após o cumprimento da sentença. Para isso, o diretor da instituição
penal terá que enviar um atestado ao juiz 30 dias antes da data de soltura.
O
relatório final da comissão será entregue ao presidente do Senado, Renan
Calheiros, na próxima semana. A partir daí, será analisado pelo Senado na forma
de projeto de lei.
Com informações da Rádio Senado
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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