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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013



DELIBERAÇÕES DA ASSEMBLEIA DE ONTEM E RELATÓRIO DOS FATOS OCORRIDOS
 


Amigos e amigas, como havíamos marcado, logo pela manhã, as 08hs, estávamos na rádio Gazeta Am informando à sociedade o que está acontecendo com o sistema prisional e as humilhações impostas por estes nossos gestores que insistem em manter o sistema prisional extensão de seus quintais. Este diálogo com a sociedade é imprescindível, haja vista que iremos realizar mais uma greve, e precisamos passar nosso lado da história antes que o governo, através das dezenas de militares que estão enraizados na Superintendência prisional venha DESVIRTUAR a verdade do que está acontecendo no sistema prisional.


        A revolta da nossa categoria se dá justamente pela falta de compromisso do governador Téo Vilela, pois, depois de um esperado e sofrido acordo, onde saímos com uma bolsa formação - paga no valor de R$ 600,00 e acrescida de R$ 40,00 por mês até perfazer um valor de R$ 1.000,00, o que nos colocaria no patamar dos salários das demais polícias -, mesmo este acordo se tornado uma lei estadual, onde se prevê tudo sobre esta bolsa, o governo do estado, este mês não pagou a referida bolsa, e ainda diz, quando ligamos para a superintendência, que não previsão do pagamento desta, nem se será paga em outro momento, revoltando toda a nossa categoria com mais este golpe sórdido.


        Desta forma, nossa categoria decidiu em assembleia, ontem, dia 13 de dezembro, em frente ao Palácio do Governo, retomar o movimento de greve pela quebra de acordo por parte do governo, pedindo que esta bolsa seja imediatamente paga e implanta nos subsídios da nossa categoria como já havíamos acordado com o Sr. Téo Vilela, pois, não podemos planejar nossas vidas baseando-nos nos humores do nosso superintendente prisional.


        Outro ponto imprescindível da nossa pauta, que diz respeito a nossa segurança, sobretudo, da segurança da sociedade, é a realização do concurso publico, pois, não podemos mais continuar trabalhando com cinco agentes para custodiar e garantir a rotina e a segurança de 800 presos em média.


        Essa situação está gerando vários problemas, inclusive, ontem, houve um episódio lamentável no presidio Cirydião Durval, onde um advogado se irritou com a demora no atendimento, pois queria ver dois detentos, clientes seus, e num ato de descontrole e falta de educação e respeito para com a autoridade constituída ali, passou a desacatar e agredir verbalmente o chefe de plantão do dia. O agente penitenciário deu-lhe voz de prisão, tentou detê-lo, porem sem sucesso, haja vista que o referido advogado agressor, resistiu à prisão, se evadiu do local, e terminou indo para a central de flagrantes prestar denuncia contra o agente, acusando-o de ameaça, e o agente orientado pelo SINDAPEN, prestou denuncia contra ele por desacato, resistência à prisão e etc.
Deste episódio acima, tiramos a seguinte conclusão: que o advogado tem razão em reclamar da demora no atendimento, porem, sempre há cinco agentes por plantão para todos os afazeres de cada unidade prisional... Errou em ter desacatado o agente penitenciário e reclamou no lugar errado. O agente errou em não ter concluído a prisão, de não ter algemado esse marginal, que deveria ter sido conduzido preso na mala da viatura para a delegacia mais próxima.



DELIBERAÇÕES DA ASSEMBLEIA



        Continuando o relatório, ficou decidido pelos trabalhadores em assembleia que, a partir de hoje, até a realização do concurso publico necessário para a recomposição da nossa categoria, nosso trabalho será condizente com as condições que nos são dadas, ou seja, implantada operação tolerância zero contra o trabalho com risco em nome da produtividade.


        Que na próxima quinta-feira iniciaremos nossa greve geral, sem data para terminar, até que a bolsa seja paga na sua totalidade, que seja implantada a bolsa no nosso subsidio, que o governo chame o concurso publico para agentes penitenciários, ao menos para recompor o quadro para 1.200 vagas (hoje somos 660 agentes) e por fim, que o estado demova-se do intuito de privatizar o sistema prisional, pois já está claro que não funciona que não garante a ressocialização, que é extremamente oneroso para os alagoanos além de ser ilegal a privatização do direito de punir que é exclusivo do estado, e da execução penal que é atividade exclusiva de estado como bem preconiza a Constituição Federal.


        Desta forma amigos e amigas, o SINDAPEN se coloca a disposição de todos e todas para apoio e maiores informações, e dizemos que estaremos no sistema ainda hoje conversando com os companheiros e companheiras.

Abraços e vamos à vitória, pois a luta já começou!

DIREÇÃO EXECUTIVA DO SINDAPEN

Jarbas de Souza Presidente


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